Osteoporose
As orientações higieno-dietéticas gerais são recomendadas desde o início do tratamento ou com as medidas preventivas. Entre elas, destacam-se o aumento da ingestão de cálcio (leite e derivados), redução do excesso de sal de cozinha, otimização da atividade física e a exposição solar, parar de fumar e redução da ingestão de bebidas alcoólicas e cafeinadas.
Ingestão de cálcio
O uso da alta ingestão de cálcio dietético ou em suplemento alimentar, embora discutível por alguns autores, é a forma mais amplamente utilizada para a prevenção e para o tratamento da osteoporose em todo o mundo.
Controvérsias ainda existem sobre o papel da ingestão deficiente de cálcio na etiopatogênese da perda óssea, mas em uma Conferência de Consenso do "National Institut of Health", realizada em 1994, nos Estados Unidos, foi demonstrada a importância desse mineral na prevenção e no tratamento da osteoporose e definida a quantidade mínima e a ideal para o consumo diário, baseado no sexo, idade e momentos de maior necessidade ao longo da vida, como adolescência, lactação e climatério.
O cálcio tem um papel fundamental na manutenção da integridade estrutural do esqueleto, participando da resistência mecânica do tecido ósseo à carga. Fratura de baixo impacto por fragilidade óssea quase sempre está associada a menor massa óssea e baixa resistência mecânica à carga, assim como deterioração da microarquitetura trabecular. A redução da massa óssea geralmente é resultante de uma baixa aquisição óssea durante o crescimento ou de um aumento da perda óssea durante a vida adulta, como no período da pós-menopausa. Baseando-se na compreensão dos ciclos de modelação (aumentar a síntese da matriz) e de remodelação (reduzir a degradação da matriz) óssea, concluiu-se que o simples aumento da ingestão de cálcio não é suficiente para influenciar sobre a massa óssea. Evidências histológicas mostram que a osteoporose não resulta de um excesso de tecido não mineralizado