Émile Durkeim
Diferente de Max Weber que focava exclusivamente nos motivos individuais que alçariam comportamentos sociais, Durkheim começa ao contrário: enxerga que o comportamento social é maior do que a soma das suas partes. Um pensamento deveras avançado para alguém nascido em 1858.
Uma de suas conclusões mais interessantes diz respeito à coesão social. Durkheim estuda os níveis de coesão social instaurados por mecanismos de controle e conclui que distorções nestes níveis de coesão causam anomalias individuais: indivíduos que não se encaixam nos grupos sociais.
Grupos sociais mais coesos seriam aqueles permeados por uma solidariedade mecânica, que reprime os membros do grupo com o uso de uma lei rígida, enquanto que grupos sociais menos coesos seriam aqueles influenciados por uma solidariedade orgânica onde não há uma punição e sim um esforço para restituir à funcionalidade normal e complexa da sociedade.
O problema é que o modernismo trouxe uma hiper-centralização no indivíduo - no “eu” e os pontos de solidariedade ficaram perdidos. A antiga solidariedade mecânica deixou de ser reforçada pelos governos ou até pelas religiões e uma solidariedade orgânica surgiu de forma artificial ao invés de necessariamente natural.
Mentalmente o indivíduo fica perdido entre um tipo de solidariedade e o outro e até pela divisão do trabalho fica altamente limitado no tipo de direcionamento social que pode dar no nível individual. Na prática é como se os métodos de controle menos coesos e mais complexos/orgânicos que tomaram conta da sociedade nos prenderam à própria impossibilidade de fugir deles.
E este é o pós-modernismo: vivemos numa simulação de uma realidade já há muito tempo está falida. Weber é quem organiza a Sociologia enquanto ciência e põe o 'fato social' como obeto dela. Diferente do que a maioria