Écotono
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Imagem 1. Dois hábitats se encontram nesta imagem: uma sob a água; outra sobre o ramo.
Ecótonos (do grego: oikos: casa e tonus: tensão) [1] consistem em áreas de transição ambiental, onde comunidades ecológicas diferentes entram em contato [2] (ver imagem 1). Podem ser mudanças bruscas na vegetação em diferentes gradientes ecológicos, e assim são considerados potenciais indicadores de respostas a mudanças climáticas e reguladores de fluxos nos ambientes [3] e, por isso, possuem uma grande biodiversidade sendo encontrados organismos pertencentes aos ecossistemas em contato ou a espécies endêmicas do próprio ecótono (Ver imagem 2).
Cronologia
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Imagem 2. Caniçais são uma forma comum de ecótono que ocorre em litoral de lagos. O fundo do lago tende a acumular matéria orgânica que é, então, colonizado por árvores, obrigando os juncos a adentrar no lago. Na foto, o lago Hemmelsdorfer See em Schleswig-Holstein, Alemanha.
Livington (1903) e Clements (1905) foram os pioneiros no estudo de ecótono ao se interessarem pelos limites de um ecossistema [1] [2]. Leopold (1933) e outros biólogos continuaram com os estudos, considerando estas zonas como importantes hábitats [1]. Também, na década de 1930, os ecótonos foram estudados por cientistas de diversas áreas do conhecimento [1]. Odum (1953) sustentava a importância dos ecótonos ao afirmar que são áreas ricas e abundantes de espécies, ocorrendo inclusive espécies únicas [2].
Por volta da década de 1970, houve um interesse considerável em ecótonos por parte da sociedade científica [2]. Mas, no meio da década de 1980, o interesse voltou-se para ecossistemas mais definidos e homogêneos [2]. Na transição de 80 e 90, cresceu a preocupação ambiental e o estudo de ecótonos tornou-se relevante [2]. De fato, ecótonos são sensíveis a mudanças climáticas, como já mencionado, e muitos cientistas apóiam o monitoramento dessas zonas para detectar mudanças globais [1].
Atualmente, é