Átomo
O termo átomo tem origem no grego ἄτομος (atomos, "indivisível"), formado a partir de ἀ- (a-, "não") e τέμνω (temnō, "cortar"),3 o que significa qualquer coisa que não pode ser cortada ou é indivisível.4 O conceito de átomo enquanto componente indivisível da matéria foi inicialmente proposto por filósofos gregos e indianos. Nos séculos XVIII e XIX, foi estabelecida a explicação física para esta ideia ao demonstrar que havia um limite para a divisão de determinadas substâncias através de métodos químicos, tendo feito um paralelismo entre essa entidade química e o conceito filosófico da antiguidade. Durante o final do século XIX e início do século XX, foram descobertos componentes subatómicos e estruturas no interior do átomo, demonstrando assim que o "átomo químico" podia ser dividido e o termo poderia não ser o mais apropriado.5 6 No entanto, o termo persistiu, o que gerou debates sobre se os filósofos da antiguidade se estavam a referir aos átomos químicos modernos, ou a outras possíveis partículas subatómicas como os leptões ou os quarks, ou ainda a qualquer outra partícula fundamental por descobrir.7
História[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Atomismo
O conceito de que a matéria é composta de unidades discretas que não podem ser dividas em quantidades arbitrariamente menores foi desenvolvido a partir do argumento filosófico ao invés da experimentação e observação empírica de fatos. A natureza dos átomos na filosofia variou consideravelmente ao longo do tempo entre culturas e escolas de pensamento, tendo por vezes elementos espirituais. Apesar disso, a ideia básica do átomo foi adotada pelos cientistas séculos mais tarde porque explicava de modo elegante a ciência da química.8
Podem ser encontradas referências ao conceito de átomo na Índia e Grécia antigas. Na Índia, as escolas de atomismo Ajivika, Jaina e Charvacas remontam ao século VI a.C.9 As escolas como a Nyaya e Vaisheshika desenvolveram