Água a nova corrida do ouro.

Água a nova Corrida do Ouro
Por Jaridson Costa (*)
Cacoal, agosto/2007 – Essa semana lendo um artigo do Professor Ricardo Petrella, fundador do Comitê Internacional para o Contrato Mundial da Água e professor emérito da Universidade Católica de Lovaine,na França, intitulado “A água, novo objeto de desejo das multinacionais”, onde o mesmo cita sobre a alta lucratividade do mercado de águas minerais, hoje o negócio de maior expansão no mundo e um dos mais lucrativos e da migração de grandes empresas privadas, de diversos setores entre elas do setor energético e do setor de refrigerantes que na última década passaram a investir maciçamente nesse setor.
Esse mercado dominado ao longo do tempo por companhias francesas entre elas Suez-Ondeo e Vivendi-Veolia, as maiores do mundo respectivamente, respectivamente do grupo da Nestlé e Danone passou a ser abalado com a notícia no mercado financeiro que as duas companhias tem em seus calcanhares a Coca Cola e a Pepsi Cola.
A terceira maior companhia do mundo e a maior do Reino Unido, a Thames Water, foi privada no governo Margareth Tatcher em 1989, sendo vendida no ano de 2000 a empresa alemã RWE, por 7,1 bilhão de euros. A gigante do setor energético RWE, havia adquirido a Thames Water para se transformar na número um das europeias multiusos (companhias que operam simultaneamente em diversos setores). Em via de reestruturação a RWE,na mesma velocidade que comparam, venderam a Thames Water ao Banco Macquarie pela bagatela de14 bilhões de euros.
Nas bolsas européias as ações de companhias de água, são prioridades de investimento, sendo que as mesmas nos últimos cinco anos vem batendo consecutivamente as companhias de petróleo, mundo afora.
Uma coisa fica bem claro, esse é o setor que tende a se tornar o mais lucrativo no futuro se continuarem os processos de privatização e escassez da água para uso humano. As empresas privadas de distribuição de água e aquelas de capital misto público-privado, cada vez mais