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A Canção do Exílio, escrita por Gonçalves Dias em 1846, apresenta dois temas marcantes do romantismo da época, a natureza e a saudade da pátria.O poeta foi afastado do Brasil pelo sistema imperial, foi levado para Portugal para que não pudesse organizar movimentos contra o império.Nesse poema o autor expressou sua saudade da terra natal e comparou as belezas dela com as de Portugal, ressaltando que sua terra é, sem dúvida, a mais bela e exuberante.
A Nova Canção do Exílio, de Carlos Drummond de Andrade foi escrita em 1945, em outro momento histórico, político e social do nosso país, esta época foi marcada pela derrocada do Estado Novo. Toda a elite intelectual protestava contra o regime da ditadura vigente nesse período. Drummond, fala de um sabiá distante, que só seria feliz se a noite fosse bela e fantástica, podendo ser interpretado como a censura da liberdade de expressão, vivida de forma muita drástica nessa época e retrata ainda outra forma de exílio que não a forma física, mas o exílio mental.
NOVA CANÇÃO DO EXÍLIO
Um sabiá na palmeira, longe.
Estas aves cantam outro canto.
O céu cintila sobre flores úmidas.
Vozes na mata, e o maior amor.
Só, na noite, seria feliz: um sabiá, na palmeira, longe.
Onde é tudo belo e fantástico, só, na noite, seria feliz.
(Um sabiá, na palmeira, longe.)
Ainda um grito de vida e voltar para onde tudo é belo e fantástico: a palmeira, o sabiá, o longe
O Canto de Regresso à Pátria de Oswald de Andrade mostra um momento do modernismo, onde ele escreve sobre o seu retorno para São Paulo e as riquezas dessa terra, deixando de lado a característica romântica e sonhadora de Gonçalves Dias,