O óleo de Lorenzo
O filme de 1992 dirigido por George Miller é mais que um drama sobre deficiência. É, acima de tudo, uma abordagem sobre as possibilidades da Pesquisa e o comportamento do pesquisador. Também trata de questões ligadas à ética em ciência, além da questão do choque entre o pragmatismo dos cientistas e a busca apaixonada e desesperada dos pais pela cura da criança.
Ao longo das pesquisas médicas se descobre que o gene responsável pela doença é transmitido apenas pela mãe ao menino. Essa doença causa o acúmulo de ácidos graxos nos axônios das células nervosas do cérebro e causa destruição do revestimento desses axônios, responsáveis pela recepção de impulsos nervosos o indivíduo.
Três formas distintas entre os sintomas podem ser observadas: dificuldades repentinas de relacionamento e de locomoção, paralisia, dificuldades progressivas na audição, na fala e na visão chegando até o coma e a morte. No caso de Lorenzo, os médicos não deram mais que 02 (dois) anos de vida!
O mais interessante do filme, entretanto, não é o drama pelo qual o paciente Lorenzo passa ao longo da evolução de sua doença. O mais importante é destacar a atitude de Michaela (Susan Sarandon) e Augusto Odone (Nick Nolte), pais da criança.
Obstinados em prolongar a vida do filho, eles embarcaram em uma verdadeira jornada científica. Não eram cientistas, mas por força da necessidade e de um supremo desejo de conhecer sobre a doença, se entregaram de corpo e alma a pesquisa científica. Afinal, Augusto e Michaela tinham um verdadeiro problema de pesquisa: Como aumentar o tempo de vida, ou até mesmo melhorar a qualidade de vida de seu filho?
Só que, cientificamente, o problema era: Como estabilizar os níveis de gordura no sangue de seu filho? Com essa