O álcool e os seres humanos
O álcool é um depressor do sistema nervoso central e age diretamente em diversos órgãos, como o fígado, o coração, o estômago e vários outros. Não há qualquer órgão que seja poupado pelo uso de álcool: desde o cérebro, até os nervos, passando pelo trato digestivo, incluindo a boca, o esôfago, o estômago, o intestino e o fígado. Tudo é agredido pela bebida.
Apesar desses disso, a bebida ainda é socialmente aceita. Os pais permitem que seus filhos jovens bebam, e o hábito vai se cristalizando ao longo da vida.
Porém, se você é um dos que bebem com frequência, ainda que em pequenas doses ou só nos dias de folga, é bom começar a olhar aquele “inofensivo” aperitivo com outros olhos, deixando o senso crítico apurado vencer o senso comum, aquele que nos diz que “beber é um hábito característico da nossa cultura” ou que “beber é normal”. Pode até ser. Mas estamos falando de um hábito que mata. Cada vez mais. E cada vez mais cedo.
Segundo dados da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Outras Drogas (ABEAD), no Brasil existem cerca de 19 milhões de alcoólatras. Acontecem, por ano, 32 mil mortes em decorrência do uso da bebida, 11 mil delas por cirrose. O álcool também está por trás de 60% das mortes no trânsito e 72% dos homicídios.
O uso constante de álcool pode promover consequências clínicas importantes, afetando o funcionamento do fígado. O grande problema é que a doença hepática é silenciosa e frequentemente não provoca qualquer sintoma, mesmo na fase de cirrose. Quando aparecem os primeiros sinais, como retenção hídrica, inchaços e acúmulo de água no abdômen, amarelo dos olhos ou perda de sangue pela boca ou pelas fezes, a saúde do indivíduo já está muito debilitada.
Porém, além do fígado, todos os outros órgãos são afetados pelo consumo exagerado de álcool: o Cérebro - Um dos primeiros efeitos do álcool é uma leve sensação de relaxamento e bem-estar. Mas, dependendo da concentração encontrada no