o verdadeiro dom de linguas
o Espírito é o mesmo” (verso 4); que eles são distribuídos pelo Espírito “como Lhe apraz” (verso 11); e que eles são sempre concedidos “visando a um fim proveitoso” (verso 7). Esse fim pode ser “a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4:12) ou a capacitação dos cristãos para a proclamação do evangelho (At 1:8).
Básico para a compreensão do dom de línguas é o conteúdo de 1o Coríntios 14, onde Paulo procura corrigir algumas distorções. O propósito essencialmente evangelístico desse dom é bem definido não apenas na declaração de que “as línguas constituem um sinal não para os crentes, mas para os incrédulos” (verso 22), mas também no testemunho pessoal de Paulo ao asseverar: “Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que todos vós. Contudo, prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua”.
Se considerarmos atentamente a experiência dos discípulos no Pentecostes, registrada em Atos 2:1-13, perceberemos que naquela ocasião estavam congregadas em Jerusalém pessoas provenientes “de todas as nações debaixo do céu” (verso 5; ver também os versos 9-11). Foi para proclamar o evangelho, nesse contexto específico, que o Espírito Santo concedeu aos discípulos o verdadeiro dom de línguas. E o próprio texto bíblico confirma que cada um dos presentes ao Pentecostes ouvia a mensagem em sua “própria língua materna” (versos 6, 8 e 11).
A teoria de que o genuíno dom de línguas se manifesta hoje na forma de línguas estáticas, não faladas atualmente por qualquer povo ou nação, carece de fundamento bíblico. As várias alusões, na Versão Almeida Revista e Corrigida, a “línguas estranhas” (1Co 14) não aparecem como tais no texto original grego, onde a expressão usada é simplesmente “línguas”. Por