o velho que lia romances de amor
António Proaño, personagem principal da obra, é apresentado como um homem simples, no entanto, profundo conhecedor da floresta amazónica, local onde se refugiou e aprendeu a sobreviver após a morte da sua esposa. O enredo adensa-se quando começam a surgir cadáveres de pessoas e animais, presumivelmente atacados por um predador, uma onça. É António Proaño quem - sozinho -, após uma expedição falhada levada a cabo pelo administrador da aldeia, consegue abater o felino, embora lamentando-se da desigual luta que opôs um animal a um humano fortemente armado
Luis Sepúlveda é um escritor, realizador, jornalista e activista de nacionalidade chilena. Nasceu em Ovalle, no Chile, em 4 de Outubro de 1949. Reside actualmente em Gijón, na Espanha, após viver entre Hamburgo e Paris. Em 1969 vence o “Prémio Casa das Américas” pelo seu primeiro livro “Crónicas de Pedro Nadie”, e também uma bolsa de estudo de cinco anos, na Universidade Lomonosov de Moscovo. No entanto só ficaria cinco meses na capital soviética, pois foi expulso da Universidade por “atentado à moral proletária”, causado, segundo a versão oficial, por Luís Sepúlveda manter contactos com alguns dissidentes soviéticos. De regresso ao Chile é expulso da Juventude Comunista, adere ao Partido Socialista Chileno e torna-se membro da guarda pessoal do presidente Salvador Allende. No golpe militar do dia 11 de Setembro de 1973, que levou ao poder o ditador general Augusto Pinochet, Luís Sepúlveda encontrava-se no Palácio de La Moneda a fazer guarda ao Presidente Allende. Membro activo da Unidade Popular chilena nos anos 70, teve de abandonar o país após o golpe militar de Pinochet. Viajou e trabalhou no Brasil,Uruguai,