Circulação Fetal
A circulação fetal humana e seus ajustes após o nascimento são, na sua maior parte, similares àqueles dos outros grandes mamíferos, apesar de diferirem nas velocidades de maturação.
Na circulação fetal, os ventrículos direito e esquerdo existem em um circuito paralelo, em oposição ao circuito em serie de um recém-nato ou do adulto. No feto, a placenta proporciona a troca gasosa e de metabólicos. Os pulmões não proporcionam a troca gasosa, e os vasos da circulação pulmonar estão vasoconstrictos. Três estruturas vasculares exclusivas do feto são importantes para a manutenção dessa circulação em paralelo: o Ducto Venoso, o Forame Oval e o Canal Arterial.
O sangue oxigenado que retorna da placenta flui para o feto através da veia umbilical com um PO2 de aproximadamente 30 – 35 mmHg. Aproximadamente 50% do sangue venoso umbilical entram na circulação hepática, enquanto o restante ultrapassa o fígado e se reúne à Veia Cava Inferior (VCI), via ducto venoso, onde se mistura parcialmente com o sangue da veia cava inferior, pouco oxigenado. Esse fluxo combinado da parte inferior do corpo mais o sangue venoso umbilical penetra no átrio direito e é preferencialmente direcionado através do forame oval para o átrio esquerdo e é ejetado para dentro da aorta ascendente. O sangue da veia cava superior fetal, que é consideravelmente menos oxigenado, entra no átrio direito e preferencialmente atravessa a válvula tricúspide, ao invés do forame oval, e flui primariamente para ventrículo direito.
Do ventrículo direito, o sangue é ejetado para dentro a artéria pulmonar. Como a circulação arterial pulmonar esta vasoconstricta, apenas aproximadamente 10% do efluxo ventricular direito penetram nos pulmões. A parte principal desse sangue ultrapassa os pulmões e flui através do ducto arterial para dentro da aorta descendente, para perfundir a parte inferior do corpo fetal, após o que ele retorna para a placenta pelas duas artérias umbilicais. Portanto, a parte