O uso do divã na psicanalise
Ênio Reis ¹, Fabiana Lacerda da Silva¹, Tânia Marisa Chaves¹ & Amanda Schreiner Pereira²
¹ Acadêmicos do Curso de Psicologia – ULBRA, Santa Maria, RS e-mail: reisenio@hotmail.com, fabianalacerda1974@hotmail.com, taniachaves8@hotmail.com
² Professora do Curso de Psicologia – ULBRA, Santa Maria, RS e-mail: psico_amanda@hotmail.com
1. INTRODUÇÃO Este trabalho foi organizado através de uma pesquisa da disciplina de Técnicas Psicoterápicas I, do curso de Psicologia da Universidade Luterana do Brasil, campus Santa Maria, tendo como principais objetivos identificar o uso do divã e problematizar o uso do divã como uma privação do olhar na Psicanálise. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi com embasamento bibliográfico de acordo com as normas da ABNT (2009). A palavra “divã” é uma espécie de sofá sem encosto, uma peça de mobiliário, muito conhecida nos consultórios de psicanalista. Para Quinet (2007), é um termo persa que designa um lugar de fala, sendo uma sala guarnecida por almofadas em que se reunia o conselho do sultão no império otomano. Em inglês, it is not bed/bad: é couch cujo verbo designa fazer alguém deitar e também expressar em palavras, frasear. O autor nos traz também o significado de que o divã é, em suma, o leito do rio em passou a minha vida e meu coração se deixou contar. O primeiro contato da palavra divã nas obras completas de Freud vai acontecer no volume V (1900-1901), em sua segunda parte, sobre a interpretação dos sonhos. Também no texto Sobre o Início do Tratamento (1913) Freud comenta sobre o cerimonial que concerne na posição a qual o tratamento é realizado e sobre a utilização do divã que em primeiro lugar é feita para benefício do próprio analista, que deve estar preservado de influenciar através de seus pensamentos inconscientes e expressões corporais na corrente dos pensamentos do paciente, assim como evitar de ser “olhado” durante toda sua jornada de trabalho.