Quem é o psicanalista?
Qual o interesse desta questão para uma pessoa comum que folheia o seu jornal? A psicanálise não é um artigo de consumo para uma elite intelectualizada e com alto poder aquisitivo, ou para madames que procuram preencher o seu tempo ocioso? O psicanalista não é um profissional que ganha rios de dinheiro e vive olimpicamente afastado das agruras do mundo que o cerca?
Idéias pré-concebidas e distorcidas não faltam e, apesar disso, elas ajudaram a fazer da psicanálise uma das grandes influências na nossa cultura.
A Psicanálise foi criada por Sigmund Freud em fins do século XIX. Ele definia a Psicanálise como um procedimento para a investigação do sofrimento mental, que seriam inacessíveis por outros meios, além de um método para o tratamento de distúrbios neuróticos, compondo um corpo de conhecimentos psicológicos que se acumulava nesta nova disciplina científica. A sua aplicação mostrou ser um instrumento poderoso para ajudar o homem a lidar com os distúrbio emocionais e com o seu sofrimento.
Seus conhecimentos estão incorporados em todas as áreas da cultura contemporânea, com suas aplicações nas esferas social, científica, cultural, educação de crianças e processos de aprendizagem. No campo da cultura popular podemos verificar, nos dias de hoje, sua influência e difusão pelos termos e noções psicanalíticas incorporados ao nosso cotidiano: atos falhos, projeção, complexo de Édipo, superego são termos ou noções que, embora muitas vezes imprecisamente, estão implantados e presentes nas novelas, no talk-show da televisão, no comentário esportivo do cronista.
Preocupado com o destino de sua criação Freud patrocinou, em 1910, a fundação de uma associação internacional - a International Psychoanalytical Association - que integrasse os vários grupos psicanalíticos então existentes, criasse normas para a formação de futuros analistas e evitasse distorções e descaminhos na Psicanálise, com a expansão de sua prática. Aqui, no Brasil, os filiados à