Análise do filme: as duas faces de um crime
O filme traz em sua essência algumas realidades da profissão de advogado na figura de um ex-promotor, que resolve trabalhar como advogado de defesa no caso de um jovem coroinha, de 19 anos, que havia sido acusado de matar um dos arcebispos da igreja que frequentava. Culpado? Inocente? Essa não é questão para Martin Vail decidir. Seu trabalho é defender especialmente se o caso vai colocar seu nome nas manchetes e promover sua carreira. O caso foi algo que chocou a opinião pública, e a defesa era algo bastante complicado, o jovem coroinha acusado havia sido encontrado com as roupas sujas de sangue da vítima. Porém, o fato de estar na mídia, de ter grande visibilidade, fez com que o ex-promotor resolvesse ajudar o garoto cobrar honorários advocatícios. Mal sabe ele que isso vai revelar um ninho de corrupção, colocá-lo contra uma promotora (Laura Linney), que é sua ex-namorada, e pôr em risco toda sua habilidade, seu discernimento e até mesmo sua atitude de vencer a qualquer preço.
A acusação pede a pena de morte. Mas Martin Vail, cético quanto à justiça dos homens, não perde tempo com indagações sobre verdade, culpa ou inocência: busca confrontar toda evidência.
O advogado depara-se com que disse Aaron, pois o mesmo havia visto uma terceira pessoa na cena do crime e não se lembrava de nada, pois tinha desmaiado. Vendo por essa perspectiva de que não tinha sido o inofensivo Aaron, cristaliza sua defesa nesse pressuposto, utilizando-se de todas as suas técnicas e práticas jurídicas para fixar em si e convencer os outros da ideia de não culpabilidade do réu. A sua