Sobre o inicio do tratamento
O divã foi instituído oficialmente por Freud, criador e estruturador da Psicanálise, o qual postulava como indispensável o uso do divã para a prática psicanalista. Para a análise Freudiana, o ato de se deitar no Divã é se entregar para a análise, para “o conhecer-se a si mesmo”. Assim como Freud, Lacan também o considerou em seu contexto terapêutico.
Para a psicanálise, a indicação do uso do divã pelo terapeuta representa um corte que pontua a transição do período das entrevistas preliminares - tempo em que se define a demanda de tratamento - e marca a entrada do paciente em análise.
Freud (1913) diz que o objetivo, e resultado, do uso do divã é o isolamento da transferência e impedimento de que essa se misture, imperceptivelmente, às associações do paciente.
Quinet em seu livro As 4+1 Condições de Análise (1991) apresenta como o divã pode servir também como forma de alívio para o analista, Freud diz:
“Atenho-me ao plano de fazer com que o paciente se deite num divã, enquanto me sento atrás dele, fora de sua vista... ele merece ser mantido por muitas razões. A primeira é um motivo pessoal, mas que outros podem partilhar comigo. Não posso suportar ser encarado fixamente por outras pessoas durante oito horas ou mais por dia. Visto que, enquanto estou escutando o paciente, também me entrego à corrente de meus pensamentos inconscientes; não desejo que minhas expressões faciais dêem ao paciente material para interpretação ou influenciem-no no que me conta.” (apud QUINET, 1991).
Assim, podemos concluir que o uso do divã é um recurso que possibilita a escuta do paciente sem o desconforto do olhar e ser olhado, favorecendo tanto o psicanalista como o paciente em seu processo terapêutico.
2. Em sua opinião, as questões relativas ao pagamento de honorários constituem fatores importantes do tratamento psicoterápico? Por quê?
O pagamento de honorários na