O uso da Gestalt na Propaganda
A escola de pensamento Gestaltista nasceu na Alemanha no final do século XIX. Também conhecida como psicologia da forma, a Gestalt refere-se ao processo de dar forma, e tem como um de suas principais características, o estudo da relação entre a figura e o fundo e trabalha com dois conceitos: A supersoma e a transponibilidade. De acordo com a teoria da Gestalt, não se tem conhecimento do todo por meio de suas partes, pois o todo é maior do que a simples soma de cada uma de suas partes individualmente.
Um dos principais nomes da escola Gestaltica foi Max Wertheimer (1880-1943), que demonstrou que é possível que ocorra uma ilusão visual que permita o movimento de certo objeto imóvel, caso este seja mostrado em uma rápida sucessão de imagens. Esse fenômeno, o qual ficou extremamente popularizado com o cinema, é conhecido como “fenômeno phi”.
Há algum tempo a Gestalt extrapolou os limites da psicologia para ser aplicada em outros ramos de atuação, com destaque para as artes, com expoentes nas obras de Escher e Salvador Dali, e também virando um grande filão para a publicidade.
Na propaganda, a Gestalt encontrou campo fértil para seu desenvolvimento artístico, e vem sendo utilizada em diversos momentos desde sua criação, sendo hoje em dia, provavelmente o maior campo de aplicação gestaltica existente. A Gestalt é um caminho de utilização na propaganda, quando se apela para uma construção predominantemente visual, e que é menos carregada de elementos informativos ao receptor, deixando a parte artística e emocional mais afloradas.
Muitos publicitários gostam de se valer de jogos de cores vivas, e figuras que, mesmo estáticas, transmitem alguma sensação de movimento.
Utilizo a seguir um exemplo bastante simples, porém completo da sua utilização. Uma marca internacional de sutiãs, se faz valer de dois círculos, que simulariam “seios hipnotizantes”, utilizando o recurso gestaltico de movimento. O efeito traz grandes possibilidades de