O Ultimo chefão - Mario Puzo
A Família da vez é a Clericuzio, e logo no início da história, don Domenico Clericuzio anuncia, em uma reunião à portas fechadas com os dons de outras Famílias, que o futuro dos Claricuzio avança em direção às apostas legalizadas e investimentos governamentais. Essa revelação acontece durante o batizado dos netos do dom Clericuzio, e desde esse dia, dizem que Dante Clericuzio e Croccifixo De Lena são inimigos declarados.
Confesso que, primeiramente, achei que a história daria voltas e mais voltas antes do enredo principal se desenrolar. No entanto, percebi que todas essas “voltas” fazem mesmo parte da trama, pois explora a personalidade dos personagens envolvidos, seus passados, pensamentos, a relação que eles possuem com os Clericuzio (direta ou indiretamente), a maneira com que um personagem lida com o outro e etc. Acaba que esses parágrafos aparentemente sem sentido tornam o livro ainda mais legal de se ler.
As coisas mudam de figura e começam a se desenrolar para valer quando Athena Aquitane, a maior e melhor estrela que um estúdio de Hollywood poderia ter ameaça deixar uma megaprodução que seria carro-chefe dos lançamentos de inverno do influente LoddStone Studio, por medo de seu ex-marido Boz Skannet. O desespero dos empresários e dos demais profissionais envolvidos diante dos prejuízos (que não seriam só financeiros) se torna tão grandes, que Claudia De Lena acabou apela o irmão, Cross De Lena confiando em suas habilidades de persuasão. Vendo a chance de se afastar ainda mais da influencia da família Clericuzio, ele arquiteta e executa um plano que faz com que Athena volte às gravações do filme Messalina.
Assim como em O Poderoso Chefão, é impossível desgrudar da história, por mais chata que ela esteja parecendo (e chata é a ultima palavra que pode ser usada com essa história). Quando finalmente o segredo por trás da Guerra contra os Santadio é revelado, a história engrena de vez para o lado mafioso da coisa (por mais