O tripé (capenga) da sustentabilidade, a rio + 20, os políticos e os eleitores
Em junho teremos a RIO+20, quando o mundo todo estará de olhos voltados para o Brasil. O tema em pauta é a sustentabilidade, com ênfase em três questões, o combate à fome, a economia verde e a governança global. O evento na verdade são dois, como foi na ECO 92. Um oficial, dos líderes de governo, onde as decisões precisam ser por consenso e ainda dependem do aval dos cinco maiores e mais poderosos países e que costumam não gostar muito de regras que imponham limites aos seus modelos de desenvolvimento e governança, em boa parte, raízes dos problemas que o mundo vive hoje. Sorte nossa é que existe outro evento, este organizado pela sociedade civil, com o pé no chão da realidade, e que pressiona pelo mundo melhor que merece e que sabe que e possível.
Cinco meses depois deste grande evento, o Brasil estará votando para escolher seus novos prefeitos e vereadores, ou para reeleger os que já estão aí. Então, será natural que os candidatos aproveitem qualquer espaço para divulgar suas campanhas. Ainda bem, por que o que a sociedade mais precisa agora - para reencontrar os caminhos entre o sonho e o possível - , é o exercício da boa política, capaz de intermediar conflitos que são naturais numa democracia. A falsa idéia de que político é tudo igual e nenhum presta é um desserviço à democracia e só contribui para manter no poder os maus políticos.
O Brasil sempre se equilibrou sobre um tripé capenga, tão desproporcionalmente, que praticamente impossível equilibrar-se em pé. Em