O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade tem sido centro de muitos debates e discussões que envolvem uma complexidade de questões. Os posicionamentos são antagônicos e geram muita polêmica quanto a sua existência, sua validade científica , sua forma de tratamento e a dificuldade do estabelecimento de seu diagnóstico. Houve, dessa maneira, um aumento crescente da produção científica refrente a esse tema. A mídia também se apropriou do TDAH, levando para as pessoas informações das mais diversas possíveis, que quando comparadas , pode-se ver as contradições existentes.Uma das críticas mais fortes ao diagnóstico e tratamento do TDAH é relacionado à medicalização da vida , bem como do comportamento infantil, onde se produz patologia tanto no âmbito familiar quanto no escolar. A indústria farmacêutica, constrói aos poucos crianças estigmatizadas e rotuladas, presas num diagnóstico para o resto de suas vidas. O trabalho psicodiagnóstico realizado deve contemplar uma multiplicidade de fatores que estão em jogo, demandando um olhar complexo. Por esse motivo, a avaliação psicológica e o diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) demanda do profissional experiência clínica, um bom conhecimento teórico e, sem dúvida, muita reflexão (Graeff;Vaz, 2008,p.341). De acordo com Graeff e Vaz (2008):
A avaliação cuidadosa de uma criança com suspeita de TDAH é necessária frente à popularização das informações, nem sempre claras para a população em geral, e, principalmente, no meio pedagógico. O desconhecimento ou pouco conhecimento sobre a patologia gera dificuldades, uma vez que crianças, adolescentes e pessoas adultas podem receber, equivocadamente, o rótulo de TDAH, assim como muitos indivíduos com essa patologia podem passar despercebidos e ficar sem tratamento. É preciso estarmos atentos para o contexto em que o TDAH está angariando espaço. Vivemos num mundo marcado pela tecnologia, por fortes estímulos de todas as partes e à todo