Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio com bases neurobiológicas que se caracteriza pela combinação de déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade, sendo o transtorno comportamental mais freqüente em crianças. A prevalência média em crianças e adolescentes gira em torno de 5% e o TDAH persiste na vida adulta em cerca de 60% dos casos. Os principais fatores implicados na etiologia do TDAH são de natureza genética, biológica e psicossocial (FONTANA et al., 2007).
Embora não seja mais uma denominação estranha a pais e educadores, o déficit de atenção e hiperatividade é alvo de grande confusão. Muitos ainda acreditam que ele seja um artifício para acobertar e desculpar crianças travessas que não gostam de estudar ou têm dificuldade de relacionamento — ou até uma doença “inventada pela indústria farmacêutica para vender drogas”.
De acordo com a epidemiologista Susanna Visser, especialista em TDAH, a não aceitação do distúrbio, assim como o desconhecimento sobre seus efeitos e suas repercussões, posterga o tratamento e faz com que muitas crianças sofram anos a fio sem a devida atenção médica e psicopedagógica. O impacto desse transtorno na sociedade é enorme, considerando-se seu alto custo financeiro, o estresse nas famílias, o prejuízo nas atividades acadêmicas e vocacionais, bem como efeitos negativos na autoestima das crianças e adolescentes. (LOPES, 2011)
Estudos têm demonstrado que crianças com essa síndrome apresentam um risco aumentado de desenvolverem outras doenças psiquiátricas na infância, adolescência e idade adulta (ROHDE, 2001).
Damiani et al. (2010) quando se refere ao diagnóstico de TDHA, mostra que este é essencialmente clínico, baseado em critérios claros e bem definidos provenientes de sistemas classificatórios, como o DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Segundo tais critérios, a característica fundamental do transtorno é