O Transporte De Cargas
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Publicado em Terça, 12 Novembro 2013 20:05
Qual a situação dos diversos modais no País? Como “nunca antes neste país” tivemos tantos “especialistas” (palpiteiros) falando sobre logística e infraestrutura, e para dar uma visão mais técnica sobre um assunto tão importante, nesta edição daremos início a uma série de artigos que têm por objetivo relatar como anda a situação dos diversos modais de transporte de cargas, a infraestrutura, as privatizações e a legislação.
Para facilitar o entendimento, neste primeiro artigo daremos uma visão geral da situação dos diversos modais e da infraestrutura.
Vamos começar com uma visão da matriz de transportes, ou seja, a distribuição dos volumes transportados entre os diversos modais (vide tabela).
De acordo com a FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - a matriz de transportes do Brasil e do Estado de São Paulo demonstra um desequilíbrio entre os diferentes modais, o que aponta para a necessidade de readequações que promovam maior competitividade e desenvolvimento econômico sustentável.
Porém, o desequilíbrio em si não é o problema, e sim a grande diferença de custos e a adequação a cada um dos modais. Por exemplo: para a safra de grãos de 2013, que segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) está prevista para 184 milhões de toneladas (10,8% maior que a safra passada), os transportes mais adequados são prioritariamente os modais ferroviário e aquaviário (marítimo, cabotagem e hidroviário), ideais para grandes volumes, longas distâncias e de baixo valor agregado, e não o transporte rodoviário de cargas (TRC), que é adequado para produtos de médio e alto valor agregado para médias e curtas distâncias e para operações “porta a porta”.
Matriz de transportes
Para uma análise um pouco mais detalhada vamos analisar cada modal: Transporte rodoviário O TRC (Transporte Rodoviário de Cargas) é, segundo a matriz de transportes, de longe o mais utilizado (59%), e bom