O terror de Hiroshima e Nagasaki
O bombardeamento das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki pode ser considerado o maior atentado terrorista da história da humanidade, já que o objetivo do governo e do exército dos Estados Unidos era aterrorizar a população japonesa e, assim, evitar uma invasão ao país para por fim à guerra.
Apesar da vitória sobre os alemães em maio de 1945, a guerra no Pacífico ainda continuou por dois meses. Os estadunidenses haviam virado o conflito contra o Japão a seu favor, desde as batalhas do Mar de Coral e de Midway, em 1942. Em fevereiro de 1945, os estadunidenses passaram a avançar sobre o território japonês, conquistando a ilha de Iwo Jima. A resistência japonesa se dava principalmente com a utilização dos kamikazes, pilotos que utilizavam de forma suicida seus aviões abarrotados de bombas contra os navios da marinha dos EUA.
Paralelamente aos combates na II Guerra Mundial, os EUA estavam desenvolvendo em seu território o Projeto Manhattan, uma iniciativa de pesquisa para desenvolver um armamento baseado na fissão do átomo. Uma grande quantidade de engenheiros e cientistas que haviam fugido dos governos nazifascistas europeus participou desse projeto, junto a cientistas e engenheiros estadunidenses. Os militares dos EUA queriam se adiantar aos alemães na criação dessa bomba, que utilizaria a energia gerada a partir da fissão nuclear do urânio e do plutônio.
O primeiro teste do Projeto Manhattan realizado com sucesso ocorreu no dia 16 de julho, no deserto de Alamogordo, no estado do Novo México, quando uma bomba de plutônio foi explodida.
No mesmo mês, o Imperador japonês Hirohito