O SURGIMENTO DA GOVERNANÇA CORPORATIVA
A governança corporativa surgiu após o aparecimento de escândalos em grandes países entre a década de 80 e 90. Foi com um movimento dos acionistas e investidores nos Estados Unidos que, para se protegerem dos abusos feitos pela diretoria executiva das empresas, da inércia dos conselhos de administração inoperantes e das omissões das auditorias externas, despertaram a busca por regras e criação de sistemas de monitoramento interno e externo que impedissem esses abusos das empresas perante seus investidores (IBGC, 2008).
Mas o estopim foi em 2002 onde aconteceram escândalos envolvendo empresas grandes, como a Eron (Empresa norte americana de energia) que, para elevar o valor de suas ações, fraudou resultados dos seus balanços, isso causou impacto sobre a falta de transparência da empresa com seus investidores, trazendo à tona a desconfiança deste na hora de investir seu dinheiro. Esse fato tornou os investidores mais receosos ao investirem seu dinheiro, pois muitos perderam pequenos e grandes investimentos quando ocorreu esse fato (STEINBERG, 2003).
Para Vidigal (2008):
Quando surgiu a primeira "corporation", na Inglaterra, por volta de 1650, com acionistas que elegeram um Conselho, o qual nomeou um CEO, estava criada a Governança Corporativa. O que começou nos EUA em 1984 com Robert Monks foi o movimento de modernização da governança.
Existem discórdias, pois esse autor acredita que a governança corporativa surge desde um conselho de administração, seguido pela escolha de um CEO (conselheiro), mas a maioria dos autores idealiza a governança corporativa como uma forma maior de administrar, onde existem mais idéias, idealizadores, opiniões e descentralização do poder.
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC (2008) acredita que a preocupação da governança corporativa é criar um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos