O soneto inglês
Amigos recantistas! Vou colocar aqui as regras necessárias para se realizar o SONETO INGLÊS, também chamado de SHAKESPEARIANO (formato definitivo a partir do escritor William Shakespeare com a publicação da obra: THE SONNETS*1 - 154 Sonetos - em 1609). No final coloco minha tentativa de realização do Soneto Inglês ou Shakespeariano como aprendizado do meu estudo e conclusões da empreitada.
Antes de enumerar as regras, colocarei algumas considerações sobre a sua origem e a discussão em torno de considerar ou não considerar o Soneto Inglês como sendo, realmente, um Soneto.
Vejamos o poeta J. G. de Araujo Jorge*2 falando sobre o soneto inglês:
“O criador desta forma inglesa do soneto foi Spenser, ou Henry Howard, poetas que viveram um pouco antes de Shakespeare, também no Século XVI. Praticamente o chamado soneto inglês é, na realidade, uma “outra forma poética”, mas tem sido aceito através dos tempos pelos críticos e leitores como “soneto””. (Pág. 127)
E agora o comentário de Vasco de Castro Lima*3:
“Shakespeare (1564 -1616), na Inglaterra, , adotou a invenção de Thomas Wyatt (1503 - 1542), ou Henry Howard, Conde de Surrey (1517 - 1547), um dos dois: três quadras de rimas independentes e um dístico final, rimado. É o chamado “soneto inglês”, ou “shakespeariano”. Mas, será admissível, será justo, será lícito, neste caso, falar-se em soneto? A respeito, há o seguinte comentário do poeta português José Fernandes Costa (1848 - 1920): “O soneto shakespeariano não seria chamado soneto em qualquer outra língua, daquelas onde a forma petrarquiana prevaleceu. Em Shakespeare, ficou sendo uma composição de leitura agradável, sob o ponto de vista rítmico, mas não é soneto”.(Pág. 176 e 177)
No célebre TRATADO DE VERSIFICAÇÃO*4, dos poetas parnasianos: Olavo Bilac e Guimarães Passos, escrito no ano de 1905 o SONETO Inglês não está sequer mencionado como Gênero Lírico de Poesia.
Percebe-se uma lacuna de qual teria sido o