O socialismo

O socialismo surge no contexto da Revolução Industrial e no final da Revolução Francesa, onde há a consolidação do poder da burguesia e de sua economia. Com essas revoluções, ocorre o aumento da amplitude social, ou seja, a burguesia fica cada vez mais rica explorando a camada operária com condições de trabalho desumanas.
Surgiram, então, teóricos que diziam que a culpa da desigualdade social e econômica encontra-se no sistema capitalista, onde a burguesia, em busca do lucro, explora o proletariado. A partir desse pensamento, surge o socialismo utópico e o socialismo científico.
Os socialistas utópicos sonhavam com um mundo perfeito, no entanto, não estabeleciam meios reais para alcançá-lo, para eles era possível uma convivência harmoniosa entre burguesia e camada operária. dois grandes ícones desse pensamento foram Saint-Simon e Fourier. Simon defendia a criação de uma sociedade igualitária, sem classes sociais e Fourier defendia a criação de Falanstérios. Owen também foi um teórico desse pensamento, com a trajetória dele é possível comprovar a inviabilidade dessas concepções.
Já os socialistas científicos partem de uma análise científica do capitalismo e de uma visão metodológica da história para chegarem a uma conclusão acerca dos rumos e dos mecanismos da luta operária. Os criadores desse pensamento são Karl Marx e Friedrich Engels. Suas obras mais significativas foram "O Manifesto Comunista", que diz que os trabalhadores devem se unir, e "O Capital", onde Marx conceitua que a história da humanidade é uma luta de classes, sendo assim, cabe aos oprimidos o papel de agente da história e de suas transformações.
A análise de Marx acerca do capitalismo o levou à conclusão de que a essência do lucro localiza-se no ele chama de "mais-valia", o qual diz que o trabalho que o operário faz, ele não recebe., ou seja, consiste na diferença em valor entre a mercadoria que o trabalho do operário cria e sua remuneração. Assim, conclui-se que a sobrevivência do capitalismo