O Social é um sintoma
Pensando a frase: “o sintoma não é social, mas o social é um sintoma” Alfredo Jerusalinsky desenvolve a idéia do “Predador” como manifestação social.
Há grupos/sociedades predatórias que acolhem estes personagens – alentam e emprestam ortopedias de simbolizações para outorgar a seus atos alguma significação.
A predação é uma insígnia (sinal distintivo de dignidade, nobreza, divisa) que não aparece como vergonha, mas como elemento de identificação, de honra, orgulho, qualificação no grupo (potencia predatória).
Os lideres são portadores dessa demanda. Para eles essa é uma lógica conseqüência da “reação natural” diante da derrota ou apresentação pouco convincente de seu time.
Há uma disposição para destruir, para manifestar seu desgosto. O ataque (ao rival torcedor) não é pessoal. A razão é porque essa pessoa é portadora de uma insígnia contrária.
Curioso é que eles consideram indigno aproveitar a confusão para efetivar vingança pessoal.
Então a regra do jogo que impera na guerra é: os soldados matam por identificação a uma insígnia e não por questões pessoais.
“Se não houvesse mortes no circo da FORMULA 1 não seria “circo” (circulo para espetáculos)”. De fato vamos ao circo não para ver o equilibrista, mas para vê-lo cair. Ele é nosso herói porque nos permite uma identificação com alguém que parece governar o limite exato entre a vida e a morte.
PARADOXO: condição tecnológica que torna a competição segura. Mas o que se constitui é que se espera que haja um fracasso.
Qual é a graça? Onde está a graça de uma civilização sem loucura e sem tragédia? Que aventuras poderiam ser contadas sem o confronto cruel entre o saber e a ignorância?
As civilizações tem o cuidado em traçar a fronteira entre a vida e a morte, pois essa é a fronteira onde a descontinuidade da vida deixa lugar para a continuidade da inscrição. Essa fronteira é meramente simbólica e não real.
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