O Sistema Das Artes
Síntese do Sistema das Artes
Ao longo dos anos, vemos que a arte e o artista foram tratadas de forma idealizada e elitista, sempre tendo em comparação algum ideal de “belo” e colocando títulos de “gênio”, “divindade” ou “entidade” quem o reproduzia. Isso manteve-se, não só para classificar uma arte a qualidade da obra, digamos, mas também como definição para o que é e o que não é arte. Recentemente, porém, nasce uma série de tendências que desconstroem esse elitismo e ideal artístico, criticando desde os aspectos da produção ao consumo da arte.
Isso ocorre, principalmente, devido ao processo de mercantilização dos objetos e eventos artísticos, que se popularizou. Assim, com o reconhecimento e comercialização intensa de um certo objeto ou evento, dificultou a definição consensual do que é arte. Essa definição, a qualidade e o valor das obras são, assim, definidos através de instituições que são encarregadas de produção, distribuição e consumo da arte, deixando os artistas à mercê dos ideais capitalistas de oferta e procura.
Com esses fatores e outros, vem sendo construída uma nova concepção social da arte, na qual aborda o sistema que é responsável pela produção, circulação e consumo artístico.
Na Europa Renascentista vemos o artífice receber uma posição superior e hierarquizada ao realizar práticas consideradas “artísticas” e não mais “artesanais”; pessoas que possuem acesso ao sistema de artes realizam uma espécie de dominação aos restantes: uma estratégia que faz com que sua estruturação seja legitimada por ela mesma. Essa estratégia se esconde atrás da suposta “originalidade” e “genialidade” do artista, na opinião despolitizada dos críticos que conferem o valor à obra, e na devoção dos consumidores, mantidas pela institucionalização, que estabelece a discriminação e a hierarquização das artes.
Essa história da autonomia do sistema das artes cria essa certa “aura” da arte ditadas por instituições.
Com a evolução da