O SIMBÓLICO NA ESTRUTRURA SOCIAL SEGUNDO PARSONS E BOURDIEU

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Disciplina: Teoria Social II
Professor: Gonzalo Rozas

O SIMBÓLICO NA ESTRUTRURA SOCIAL SEGUNDO PARSONS E BOURDIEU

William Soares dos santos

Resumo
Este artigo pretende analisar o sentido e as implicações da realidade simbólica que está presente nas relações sociais, conforme a ótica de Parsons e Bourdieu. Para isso, será suscitado um diálogo entre estes dois autores, numa perspectiva de buscar uma aproximação ou distanciamento quanto à abordagem simbólica, procurando detectar e contextualizar nestes dois pensadores suas principais influências de pensamento, bem como a sua problemática, para as quais podem ou não ser apontadas perspectivas.
Palavras-chave:
Símbolo, Estrutura, Ação e Social

A ação consiste em estruturas e processos através dos quais os seres humanos formam intenções significativas e, com maior ou menor êxito, as executam em situações concretas. A palavra “significativa” supõe o nível simbólico ou cultural de representação e referência. Consideradas em conjunto, as intenções e a execução supõem uma disposição do sistema de ação – individual ou coletivo – para modificar, numa situação pretendida, sua relação com sua situação ou ambiente (PARSONS, 1969, p 16).

Talcott Parsons (1902 – 1979), importante sociólogo norte americano, formulou uma teoria para análise da sociedade denominada “Funcionalismo Estrutural”. Parte, então, do conceito geral da ação social (acima destacado), a partir do qual, em linhas gerais, pode-se afirmar que a ação humana é voluntária, intencional e simbólica. Persegue, portanto, como questão norteadora da sua obra, as interligações de diferentes partes de uma sociedade, procurando detectar as forças que atuam para modificá-la. A base a partir da qual Parsons desenvolveu sua teoria fundamenta-se no estruturalismo, que também influenciou o pensamento do sociólogo francês Pierre Bourdieu (1930 – 2992), cuja