O Serviço Social e a Interdisciplinaridade.
FABIANA APARECIDA DE CARVALHO1
RESUMO
Este artigo constitui-se da reflexão proposta pela mesa temática cujo foco constitui-se no diálogo entre a psicologia, pedagogia e o serviço social. Ora, o que seria mais instigante para os profissionais das diferentes áreas, do que a oportunidade de praticar a interdisciplinaridade nesse exato e privilegiado debate, no próprio evento? A prática interdisciplinar exige muito mais que a presença de profissionais de diferentes formações em uma mesma equipe ou projeto, demanda, sobretudo, o abandono de posturas profissionais sectárias e centralizadoras. O que significa afirmar que entender a própria profissão, sua base, ideias e práticas como superiores quando comparadas a quaisquer outras, é o primeiro passo rumo a qualquer outra direção ou destino, exceto à interdisciplinaridade. Ser um bom profissional, zeloso pelas orientações técnicas e profissionais, parece ser atributo necessário para todos. Afinal, é esta condição que nos habilita para a apropriação de nossa área e de sua condução nos diferentes espaços sócio ocupacionais. Ainda, esse também é um dos modos através dos quais construímos o now how para ensinar ao outro profissional quais são nossas possibilidades e limites. Contudo, como outra demanda absolutamente importante, encontra-se no exercício de aprendizagem
– companheiro de todo o processo de ensino! Sim, aprender com os conhecimentos das outras áreas e apropriar-se deles com o devido respeito de
conhecimentos diferentes, e também legítimos, é o que também materializa a interdisciplinaridade. O processo de ensino-aprendizagem, sem autoritarismo ou licenciosidade é essencial para a construção do fazer interdisciplinar. Nesse sentido, a apresentação do serviço social - de sua trajetória histórica, de algumas de suas potencialidades e limites, e ainda, seus e princípios orientadores hegemônicos - trata-se de um enorme desafio. Pois