O SERVIÇO SOCIAL NAS EMPRESAS
Na esfera privada o campo em crescimento é a chamada “filantropia empresarial”, que consiste na tentativa de ação social por parte das chamadas empresas “solidárias”. A lógica que move estes empreendimentos nada tem a ver, nem com a pura preocupação com o bem-estar do próximo, e nem com as conquistas constitucionais, tais programas expressam a lógica de mercado. Muitas vezes não representando estabilidade aos assistentes sociais, pois depende da disposição da empresa em manter ou não os investimentos nos programas em questão.
“A terceirização e a precarização das relações de trabalho que assolam a todos os trabalhadores em potencial, também atingem os assistentes sociais”. O que reforça a necessidade de nos debruçar sobre os velhos desafios e ter uma maior capacidade de resposta às demandas enfrentadas no cotidiano pelo Serviço Social. A institucionalização do Serviço Social nas empresas se deu mediante as exigências de eficácia, racionalidade e produtividade que o processo de modernização do capital impôs à sociedade. A necessidade de controle sobre a força de trabalho que emergiu, exigiu práticas profissionais que fossem capazes de conter os conflitos que surgiam nos processos de trabalho e que promovessem a integração dos trabalhadores mediante o que o processo produtivo determinava, garantindo assim a produtividade.
No âmbito privado o Serviço Social foi mobilizado para detectar e atenuar as tensões provenientes da intensificação do processo de exploração da força de trabalho e do movimento de resistência dos trabalhadores . Neste sentido, os assistentes sociais sempre desenvolveram funções como: execução de serviços sociais centrados numa linha de trabalho educativa e integrativa dos funcionários, com vistas a suprir necessidades, resolver problemas, prevenir conflitos tudo isso buscando o enquadramento dos trabalhadores às exigências da classe burguesa, fazendo prevalecer a colaboração entre capital e trabalho.
As