O serviço social na trajetória de atendimento à infância e juventude
O SERVIÇO
SOCIAL NA
TRAJETÓRIA DE
ATENDIMENTO À
INFÂNCIA E
JUVENTUDE
O Serviço Social na trajetória do Atendimento à Infância e Juventude
O Serviço Social na trajetória do
Atendimento à Infância e Juventude
Renato de Paula
1ª edição digital
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Paula, Renato de. (1976)
O Serviço Social na trajetória de atendimento á
Infância e Juventude / Renato de Paula: São Paulo,
Brasil Social, 2001.
1. Serviço Social. 2. Infância e Juventude 3.
Estatuto da Criança e Adolescente
Situação de risco?
JORNALISTA:
— O que é uma criança em situação de risco?
JURISTA:
— Não é. Não pode, não deve ser. Situação de risco é um rótulo que estão usando para substituir a antiga situação irregular que autorizava a intervenção de autoridades públicas na vida de crianças e adolescentes chamados menores . Para início (e fim) de conversa, estão rotulando como em situação de risco, crianças que não vão á escola, que estão escravizadas por exploradores, bandos e quadrilhas, que não cuidados dos pais, que são prejudicadas em sua saúde, etc. Nessas condições, é bom que se perceba, essas crianças não estão em situação de risco nenhum. Estão violadas em suas necessidades básicas, quer dizer, em seus direitos. Além portanto do nome (risco) ser inadequado para dizer da coisa em si, essa expressão vem justificando a imposição de constrangimentos às suas famílias e seus filhos, além de justificar a criação de programas e serviços discriminatórios com claras características de evidente exclusão social
(organizam-se serviços não para a cidadania em geral, mas para esses excluídos ou criam-se instituições para esses discriminados ou rotulados. Em resumo: Rotula-se discriminando e excluindo. Discrimina-se excluindo e rotulando. Exclui-se rotulando e discriminando.
Edson Sêda
Consultor Jurídico, Educador,