O sentido da expansão portuguesa no mundo (séculos xv-xviii)
Foi a partir dos seculos XVI e XVI que o mundo começou a viver uma revolução espacial e ao longo dos seculos XVI e XVIII a europa acompanhou a abertura dos Mundos ao Mundo, iniciada pelos portugueses e espanhóis estabelecendo os primeiros traços de uma cultura mundial que troca livros, alimentos e costumes.
É de salientar que Portugal e os portugueses foram os pioneiros na explosão da Europa no Mundo e nos meados do seculo XVI o conhecimento do planeta aproxima-se da sua própria realidade, um conhecimento que foi acompanhado pelo delinear das rotas e redes que se encontram na mão da Europa-Cristandade, que logo, se torna no centro do poder internacional global, económico, politico e cultural. Os portugueses foram os Mensageiros do Mundo e o seu elo de ligação com a Europa.
Portugal é, em termos geográficos e civilizacionais, um espaço de múltiplos encontros, um campo de grande circulação de informações e de conhecimentos económicos e técnicos, em especial, nas áreas marítima e mercantil.
É incrementado no seculo XIV um reforço na componente marítima, quando em 1317 D. Dinis contrata o genovês Manuel Pessanha como Almirante-Mor e em 1353 é celebrado entre Portugal e Inglaterra um Tratado de comércio.
Portugal no seculo XV foi um reino unido e livre de lutas, ao contrário de outros reinos europeus, o que possibilitou uma aposta na expansão marítima e mercantil no Atlântico e no litoral da costa ocidental de África.
Segundo Luís Filipe Barreto, a expansão portuguesa pode ser pensada em quatro categorias: “Pioneirismo Temporal; Dispersão Espacial; Pluralidade Civilizacional e