No labirintos das colônias
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. A Economia Política dos Descobrimentos. In: Adauto Novaes (Org.). A Descoberta do Homem e do Mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 193-207.
O artigo do historiador e pesquisador Luiz Felipe de Alencastro intitulado “No Labirinto Das Colônias”, têm por objetivo traçar um panorama geral da política econômica existente na época dos descobrimentos, salientando entretanto determinados problemas que emergiram desde a transição do século XV ao século XVII. Esta abordagem, portanto, visa pautar-se desde as primeiras descobertas ibéricas em meados de 1450 até o final da Guerra dos Trinta Anos, compreendido no período de 1618 à 1648 quando os antigos países ditos capitalistas foram calcados no comércio ultramarino pelos novos países capitalistas que compunham o Norte da Europa.
Neste sentido, Alencastro argumenta que atualmente evidencia-se o acompanhamento de inúmeros e extensos estudos que visaram analisar as motivações religiosas e econômicas que estimularam as navegações marítimas que culminaram com os descobrimentos lusitanos no decorrer do tempo. Onde, se têm em contrapartida a percepção da ausência de atenção quanto as metas geopolíticas decorrentes da oposição luso espanhola no que tange tanto seu debate historiográfico quanto seus aspectos não financeiro do colonialismo lusitano.
Portanto, decorrente dessa pouca visibilidade esse artigo do pesquisador Luiz Felipe de Alencastro tende debruçar-se sobre dois tópicos centrais afim de melhor entender e compreender o colonialismo a partir de um olhar mais aprofundado dos aspectos geopolíticos numa perspectiva historiográfica. Sendo estes tópicos: o expansionismo preemptivo e colonização monárquica.
A primeira análise do artigo, pauta-se no que o autor especifica como o expansionismo preemptivo, ou seja, um expansionismo preventivo iniciado pela coroa lusitana. Um