O samba e a Capoeira
Durante o período da revolução de 30, os próprios núcleos de cultura negra se movimentaram para ganhar espaço. A criação das escolas de samba no final dos anos vinte já representara um passo importante nessa direção. Elas, que durante a República Velha foram sistematicamente afastadas de participação do desfile oficial do carnaval carioca, dominado pelas grandes sociedades carnavalescas, terminaram sendo plenamente aceitas posteriormente. No rastro do samba, a capoeira e as religiões afros brasileiros também ganharam terreno. Antes considerada atividade de marginais, a capoeira seria alçada a autêntico esporte nacional, para o que muito contribuiu a atuação do baiano Mestre Bimba, criador da chamada capoeira regional. Tal como os sambistas alojaram o samba em "escolas", Bimba abrigaria a capoeira em "academias", que aos poucos passaram a ser freqüentadas pelos filhos da classe média baiana, inclusive muitos estudantes universitários. NA RELIGIÃO
Durante muito tempo os negros foram proibidos de frequentar a igreja Católica, pois eram vistos como povo sem alma, além disso, também eram impedidos de manifestarem suas crenças religiosas que eram tidas como pecaminosas. Mesmo assim, às escondidas eles cultuavam suas práticas religiosas, como: afoxés, orixás, xangô, candomblés, etc. NA CULÍNARIA Os negros trouxeram forte influencia gastronômica, modificaram pratos e fizeram muitas iguarias com ingredientes trazidos da África, como o inhame, café, coco, quiabo, gengibre e melancia. Também acrescentaram ingredientes que não eram seus, como milho, amendoim e mandioca. E dentre os pratos africanos um é especial, a famosa feijoada, prato este que surgiu ainda no período escravocrata, onde os senhores destinavam restos de carne e feijão à alimentação dos negros e foi desta prática que inventaram a feijoada.