O Romantismo Brasileiro
O Romanticismo tomou forma na Literatura por meio das composições poéticas líricas, que se utilizavam por vezes desmedidamente, de uma linguagem metafórica, vocábulos estrangeiros, comparações e frases diretas. Os motes preponderantes costumavam ser: os amores platônicos, acontecimentos históricos nacionais e tudo quanto se relaciona a perpétua incógnita da morte.
No Brasil, consideram muitos estudiosos que o início do movimento tenha-se dado com a publicação, em 1836, de “Suspiros Poéticos e Saudades”, de Gonçalves de Magalhães. Nas terras de colonização lusitana a Literatura, ou melhor, o Romantismo viria a dividir-se em três gerações, cada qual bastante particular: (1ª) nacionalista ou indianista; (2ª) conhecida como o “Mal do século”, Byroniana ou ultrarromântica; (3ª) com textos marcados pela crítica social.
No início do século XIX, mais precisamente por volta de 1822, o Brasil foi cenário de grandes transformações políticas, sociais e culturas que contribuíram de maneira categórica para a concepção de uma legítima identidade pátria e, por conseguinte, de uma literatura com propriedades mais brasileiras.
Empós a independência do Brasil em 1822, o brasileiro passa a desenvolver um maior sentimento patriótico e busca na história e nas características geográficas do país qualidades a serem exaltadas, buscando também encobrir as intensas crises social, econômica e financeira. O país viveu de 1823 a 1831 uma fase agitada com o despotismo de D. Pedro I, crises políticas, a abdicação, o período regencial com as tentativas de fragmentação do império, a ascensão prematura de D. Pedro II ao trono... Nesse contexto um tanto desordenado surge o Romanticismo no Brasil com fortes traços de lusofobia e, sobretudo, civilismo. O desenvolvimento de um público novo foi um dos acontecimentos mais importantes para o Romantismo neste país, graças ao qual a Literatura se popularizou, fato que não se dava com os demais estilos da época e suas