o ritual do corpo entre os sonacirema
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Resumo de: “O RITUAL DO CORPO ENTRE OS SONACIREMA” vol. 58, nº 3. (1956). p. 503-507. por Horace Miner Observação feita entre os Nacirema que vivem no território entre os Cee do Canadá, os Yaki e os Tarahumare do México, e os Carib e Arawak das antilhas. Suas praticas e rituais eram tão peculiares e tão pouco usuais que se tornou exemplo de quão extremo o comportamento humano pode chegar. Possuem uma economia de mercado altamente desenvolvida, entretanto, apesar desse povo dedicar muito do seu tempo às atividades econômicas, grande porção do fruto desse trabalho é destinado às atividades rituais (em sua maioria corporal). Acredita-se que o corpo é feio e tendente à debilidade e doença. Tais rituais corporais trazem a esperança de reverter ou prevenir esse quadro. A cada consulta, devem-se fornecer presentes aos curandeiros. Os ritos são secretos e privados. Todo grupo possui um santuário em sua própria casa. Nos santuários são guardadas as poções magicas e feitiços feitos por profissionais especializados. A ideia de preservar todos esses rituais é de que eles protegerão de alguma forma os seus fiéis. Em baixo de cada caixa existe uma fonte, a qual, todos os dias, cada membro é purificado banhando-se nessa fonte. As aguas sagradas são obtidas do Templo da Água da comunidade, onde os sacerdotes elaboram cerimonias para manter o liquido ritualmente puro. Os Nacirema acreditam que a boca possui uma influencia sobrenatural em todos os âmbitos sociais, e, para os cuidados com a boca, há o “homem-da-boca-sagrada”. Não fosse por ele, acreditar-se-ia que os dentes cairiam, a mandíbula encolheria, a gengiva sangraria, o mundo os rejeitariam. O rito consiste na introdução de um feixe de cerdas de porco na boca, juntamente com pós mágicos seguidos de gestos formalizados. Em outras ocasiões, o “homem-da-boca-sagrada” abre a boca do cliente e, usando suas ferramentas, alarga os buracos dos dentes (quando não há nenhum, ele os