Análise de bacias sedimentares
(anotações para aula – baseado em Geologia Sedimentar – Kenitiro Suguio).
Introdução
Uma bacia sedimentar corresponde a uma área deprimida (depressão topográfica) em geral de origem tectônica preenchida por rochas sedimentares e/ou vulcânicas com várias centenas a alguns milhares de metros de espessura e diversas centenas a poucos milhões de quilômetros quadrados de área.
Uma bacia pode ser grosseiramente circular, triangular ou alongada. A geometria final de uma bacia sedimentar depende bastante dos padrões de tectonismo que a afetam através de falhas e dobras, durante (sindeposicionais) ou após (pós-deposicionais) a sedimentação.
Entende-se por arcabouço sedimentar de uma bacia sedimentar as suas formas, bem como a natureza litológica das camadas que a preenchem. Uma bacia sedimentar contém o registro deposicional de uma área que pode estar interrompida por hiatos ou lacunas.
O arcabouço estrutural ou tectônico de uma bacia sedimentar corresponde ao conjunto de elementos estruturas de uma região, incluindo as áreas de soerguimento com de subsidência além das áreas estáveis adjacentes. Aplicando-se este conceito, as bacias sedimentares podem ser classificadas em fechadas e abertas.(Vide figura 1).
Figura 1 – Três formas diferentes assumidas pelas bacias sedimentares: (A) fechada subcircular; (B) aberta e (C) fechada alongada. (segundo Boulin, 1977)
Entre os elementos geométricos de uma bacia sedimentar, há o centro que corresponde ao ponto mais baixo da depressão topográfica de uma bacia circular Tem-se ainda o depocentro, que corresponde ao sítio de máxima acumulação (maior espessura = maior subsidência) em uma bacia sedimentar, durante um determinado intervalo de tempo geológico. Esse depocentro pode migrar no decorrer da evolução geológica de uma bacia. Esta migração é ocasionada por tectonismo sinsedimentar, por mudanças de desembocadura de rios importantes, e outros fatores (Figura 2).
Figura 2 Seção