O RH CADA VEZ MAIS MASCULINO
Segundo o último levantamento feito pela Fundação Instituto de Administração
(FIA) na pesquisa que dá origem ao Guia VOCÊ S/A — As Melhores Empresas para
Você Trabalhar, 24,7% dos líderes de RH são administradores de empresas. Em segundo lugar, aparecem os psicólogos e em terceiro — e crescendo — os engenheiros.
Na relação dos 22 vencedores do Prêmio VOCÊ RH — Profissional do Ano (13 homens e nove mulheres), por exemplo, a maioria (sete profissionais) graduou-se também em administração de empresas. Apenas cinco fizeram psicologia — todas mulheres. Rodrigo Saez, diretor de recursos humanos da Lenovo Brasil, que construiu toda a carreira em RH e acompanhou de perto essa transformação, acredita que a busca por uma nova formação de profissionais para assumir o RH é consequência da nova função que vem sendo exigida da área.
Antes mais focado na relação humana, hoje o líder de RH precisa saber ler um planejamento estratégico e traduzir pessoas em números. “Há 15 anos, éramos um departamento de pessoal que pagava férias e salário e cuidava do desligamento das pessoas”, afirma Saez.
“Hoje, definimos métricas para avaliar resultados e pagar os profissionais por meritocracia, desenvolvemos competências e habilidades e fazemos a conexão de tudo isso com o entendimento do negócio.” A busca pela diversidade nas áreas
O movimento feito pelos quatro executivos citado no texto em questão, tem acontecido com cada vez mais frequência nas companhias. Geralmente, o topo da empresa tem olhado para seus profissionais mais estratégicos e lançado a eles o convite para assumir a área de gestão de pessoas.
O resultado dessa migração é que a área de recursos humanos — que até então era tradicionalmente feminina — está sendo dominada pelos homens. De acordo com a pesquisa Top Executive Compensation,a concentração de mulheres no RH vem diminuindo. Mas a principal razão da evasão feminina do RH é a busca da própria companhia por profissionais de