O relevo de Pernambuco
O estado de Pernambuco exibe relevo modesto, de altitudes pouco elevadas e predomínio da topografia plana ou regular. Estão abaixo de 600m de altitude 76% do território estadual, e entre 300 e 600m, 62%. Compõem o quadro morfológico três unidades: a baixada litorânea, o planalto da Borborema e o pediplano cristalino.
Na baixada litorânea distinguem-se, de leste para oeste: praias, protegidas pelos recifes; uma faixa de tabuleiros areníticos, com quarenta a sessenta metros de altura; e a faixa de terrenos cristalinos talhados em colinas, que se alteiam suavemente para oeste até alcançar 200m junto ao sopé da escarpa da Borborema. Tanto a faixa de tabuleiros como a de colinas são cortadas transversalmente por vales largos onde se abrigam amplas várzeas (planícies aluviais). Fortes contrastes observam-se entre os solos pobres dos tabuleiros e os solos mais ricos das colinas e várzeas (massapê). Nos dois últimos repousa a aptidão do litoral pernambucano para o cultivo da cana-de-açúcar, base de sua economia agrícola.
O planalto da Borborema ergue-se a cerca de setenta quilômetros do litoral. Seu rebordo oriental, escarpado, domina a baixada litorânea com um desnível de 300m, o que lhe confere ao topo uma altitude de 500m sobre o nível do mar. Para o interior, o planalto ainda se alteia mais e alcança 800m em seu centro, donde passa a baixar até atingir 600m junto ao rebordo ocidental. Apresenta, assim, pronunciado abaulamento. Diferem consideravelmente as topografias da porção oriental e da porção ocidental. A leste, erguem-se sobre a superfície do planalto cristas de leste para oeste, separadas por vales, que configuram parcos