O Reino do Mali
OrigensEditar
Originários da região do rio Senegal e do Alto Níger, os grupos malinqués (malinqué significa "homem do Mali") vivendo nas cidades antigas de Kiri e Dakadyala eram liderados por chefes mágico-caçadores chamados de "simbon" (que significa mestre-caçador). O "simbon" era apenas um primus inter pares, ou seja, um primeiro entre iguais, e não detinha autoridade real sobre os outros membros da sociedade, mas o grande conselho (ghara) constituía um proto-Estado, que decidia sobre a guerra e os impostos. A sociedade era dividida em grandes unidades familiares, que viviam em campos comunitários chamados de Foroba. As famílias pagavam impostos para o Estado por meio de trabalhos nas terras do simbon. Durante o século XI esses povos sofreram a interferência cada vez maior do principado do Sosso, cujo príncipe havia tomado o título de mansa (Imperador) nessa época. Também no século XI, contudo, os líderes do Mali se converteram ao islamismo e iniciaram um processo de centralização política acentuado.
Os primeiros anos da monarquiaEditar
Reis do antigo Mali são citados pelas crônicas árabes, como por exemplo o rei Hamana, o rei Djigui Bilali (1175-1200) e o rei Mussa Keita. Esses reis teriam demonstrado interesse renovado pela fé muçulmana, como Mussa Keita, que teria feito a peregrinação várias vezes. O rei Naré Famaghan (1218-1230) ampliou os domínios do reino malinqué, obtendo a submissão dos povos somonos.