O Racismo no futebol texto 2

O Racismo no futebol
O Estado brasileiro foi constituído a, partir de diferentes matrizes étnicas e culturais, formando, assim, uma sociedade multicultural. As desigualdades sociais, construídas historicamente com base na exploração econômica, violência e escravidão gerou um modo de pensar e agir desiguais. Com relação à origem do preconceito são muitas as teorias que tentam explicar. São apontadas teorias, com visões em várias perspectivas como: a evolucionista, sociobiologica, psicanalista e historiográfica. Segundo Allport essas perspectivas têm como objetivo, revelar o fator de casualidade ou a construção do fenômeno, sem implicar que outros fatores também não estejam operando na sua produção.
De acordo com Marcus Eugênio o Brasil durante muitos anos era visto como um país sem preconceito racial, onde as relações raciais imperavam democraticamente. Com miscigenação cultural criou-se, o mito da “democracia racial” que entende a discriminação mais como o resultado da estratificação social do que das diferenças de cor, sendo está imagem, construída por Gilberto Freyre na década de 1930. Portanto o mito da “democracia racial” parece ser uma forma de racionalização das práticas discriminatórias. Foi a partir de 1999 que houve o reconhecimento da existência de racismo por parte do Governo Federal.
Pensando na construção histórica da sociedade brasileira, podemos salientar que o processo de colonização trouxe aspectos que alavancaram o desenvolvimento do preconceito racial, quando começou a ser estabelecida a relação entre colonizador e colonizado. Essa relação trouxe a ideia de superioridade e inferioridade. É preciso entender que o domínio cultural de um individuo/grupo sobre o outro, estimula a fragilização da imagem de um, aquele que é dominado (o negro), enquanto o outro, aquele que exerce o domínio (o branco), se assegura com positividade”. Analisando esse contexto poderíamos então pensar que o racismo se posiciona como elo dessa dualidade. O primeiro tem a