O RACIONALISMO E O EMPIRISMO
Os filósofos Descartes e Bacon abordam um tema em comum, que é o conhecimento verdadeiro. Ambos estudavam as formas do erro, do preconceito e do senso comum, vindo a ser considerado um novo estilo filosófico. Porém suas teorias diferem. Descartes se fundamenta na razão e na concepção de que o ser humano já nasce com o conhecimento, e não o adquire do meio externo, sendo esta teoria conhecida como inatismo. Bacon apoia-se na razão e no empirismo, a concepção de que o conhecimento adquirido vem das experiências sensoriais e que estas não poderiam ser descartadas, contrariando Descartes.
Francis Bacon defende que o conhecimento não pode se separar da natureza, afinal, a natureza é o fundamento para o conhecimento. O filósofo recomenda utilizar como base a harmonia entre a experiência e a razão, em proporções iguais.
O objetivo do método de Bacon é criar uma nova maneira de estudar os fenômenos naturais, consistindo na coleta de informações através da observação da natureza, organização racional das informações recolhidas, explicações com relação ao fenômeno analisado e comprovação das explicações através de experimentos em novas circunstâncias. Segundo a teoria do filósofo, para se ter certeza sobre algum fenômeno, leva tempo e muitos estudos e análises, para então se chegar a uma verdade.
Bacon desejava uma reforma completa do conhecimento e com isso acreditava que o desenvolvimento do conhecimento, das técnicas e da filosofia gerariam uma grande reforma na vida humana.
Descartes busca provar a existência do próprio Eu e de Deus. Afirma, então, que a razão é responsável pelo controle das experiência sensíveis, e que o conhecimento verdadeiro é o intelecto, devendo ser afastado o conhecimento sensível, pois este é a fonte dos erros.
Descartes sugere confiar apenas em sua razão individual, sem se deixar levar por opiniões alheias. Recomenda, então: apenas admitir como verdadeiras as coisas que se apresentassem clara e distintamente; nas coisas que