o quinze
a lírica confessional, em que a medida dos versos atende à variedade das emoções e ao ritmo subjetivo do poeta.
a experiência concretista, em que se abandona a linearidade do verso e se espacializam os signos na página.
a poética construtiva, em que se disciplina um determinado uso da linguagem e se objetiva o limite da forma.
a denúncia política, em que a contundência das imagens expressa com indignação as injustiças da organização social.
a recuperação do ideal modernista, em que se revalorizam a linguagem prosaica e as percepções da vida cotidiana.
253. (PUCCAMP) Neste excerto de João Cabral de Melo Neto está expressa a seguinte convicção de sua poética:
as palavras são fugidias e indetermináveis, cabendo ao poeta persegui-las nesse movimento imprevisível.
a forma poética deve ser rigorosa e precisa, traduzindo com senso de limite a materialidade do tema a que se aplica.
a disciplina poética é alcançada quando se evita a metáfora ou a comparação, empregando-se as palavras enquanto conceitos abstratos.
a palavra é sobretudo encantamento, e a função da poesia é revestir a realidade com as fantasias da linguagem figurada.
a arte popular é a verdadeira fonte dos grandes poetas, e é ao povo simples que estes devem decidir a comunicabilidade da poesia.
254. (U.F. Ouro Preto) Sobre Morte e vida Severina é incorreto afirmar:
O auto utiliza-se de uma linguagem grandiosa, de tom eufórico, para exaltar a capacidade de resistência do nordestino que a todas as privações resiste sem sucumbir. O nordestino é visto aqui sobretudo como um forte e é justamente esta sua qualidade que o texto de João Cabral celebra.
Severino retirante, em sua viagem, encontra sempre à morte, até que, já em Recife, chega-lhe a notícia do nascimento de um menino, signo de que ainda resiste à constante