O Quinze
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A obra que foi escrita em 1930, conta a saga de retirantes com muita fome que chegam a se alimentar de tripas de carneiro durante a seca de 1915, que também foi vivida pela escritora.
O Quinze é dividido em dois planos. No primeiro está o criador de gado Vicente, a professora Conceição e o vaqueiro Chico Bento e sua família. A jovem Conceição, que é prima de Bento, sofre de paixonite pelo rude primo, porém não pensava em se casar.
Nas férias a professora ia para a fazenda da família, localizada em Logradouro, próximo a Quixadá. Com a previsão da chegada da seca, a avó de Conceição, Mãe Nácia, resolver ir para a cidade e deixar Vicente responsável pela fazenda. Vicente trabalhava incansavelmente para manter os animais vivos. Conceição vai trabalhar no campo de concentração, lugar em que os retirantes ficam alojados e aí descobre algo muito desagradável de seu primo.
No segundo plano está Chico Bento, marido de Cordulina. O casal e seus cinco filhos vivem a tragédia da seca, representando então, os retirantes. Chico Bento é obrigado a abandonar a fazenda em que trabalhava. Com um dinheirinho, tenta comprar passagens de trem, tentativa sem resultados. Com este dinheiro Chico Bento compra alimento e uma burra. E diz: “- Que passagens! Tem de ir tudo é por terra, feito animal! Nesta desgraça quem é que arranja nada! Deus só nasceu pros ricos!”.
Junto á família quem caminha é a morte. Durante o percurso a fome bate, e Josias, o filho mais novo, come mandioca crua, envenenando-se e por fim morre. A família segue o seu destino. A fome não espera e o