teses
3.1 Imunopatologia da hipersensibilidade
O sistema imunológico é uma organização de células e moléculas com funções especializadas na defesa contra a infecção, a invasão de micro-organismos e substâncias estranhas que estão presentes no ar, nos objetos e até mesmo nos alimentos (ABUL et al,
2011).
Hipersensibilidade se refere às reações excessivas causando reações inflamatórias e dano tecidual, produzidas pelo sistema imune. Tais reações podem ser divididas em quatro tipos: tipo I (IgE), tipo II (IgG, IgM), tipo III (IgG, IgM) e tipo IV (células T e macrófagos), baseados nos mecanismos envolvidos e tempo levado para a reação. A hipersensibilidade tipo
I é também conhecida como imediata ou hipersensibilidade anafilática, sendo mediada por
IgE. O mecanismo da reação envolve produção preferencial de IgE, em resposta a certos alérgenos, sendo que IgE tem muito elevada afinidade por seu receptor em mastócitos e basófilos (ABUL et al, 2011).
As reações IgE mediadas possuem fácil diagnóstico, por apresentarem manifestações rápidas e pela formação de anticorpos específicos da classe IgE. A exposição a alérgenos alimentares, por via inalatória, cutânea ou parenteral, ocasiona a produção de anticorpos IgEespecíficos (MORAIS et al., 2010).
Já as reações não mediadas por IgE ocasiona manifestações tardias, podendo ocorrer horas ou dias após a ingestão de leite e as reações mistas são mediadas por anticorpos IgE e por células de linfócito T e citocinas pró-inflamatórias (MORAIS et al., 2010).
Nas reações alérgicas a predomínio de células efetoras que são os mastócitos e basófilos. Durante a inflamação alérgica, os basófilos migram para os tecidos afetados, contribuindo com diversos mediadores, estes são orientados na produção de citocinas Th2
(IL-4 e IL-13), estimulando a síntese de IgE e a atopia (LOPES et al., 2006).
O eosinófilo é uma potente célula efetora citotóxica, pois desempenha também um papel importante na imunopatogenia