O que é a Realidade?
A evolução das relações do homem com o mundo; as transformações em suas concepções e percepções em relação a todas as coisas do mundo e seu natural desejo pelo conhecimento o levaram a questionar verdades até então inquestionáveis; impostas pela ciência e pela religião como verdades absolutas sobre a realidade. E no afã de se definir a verdade sobre o que é a realidade, estabeleceu-se um conflito entre duas correntes de pensamento sobre a realidade: realismo e relativismo.
O realismo acredita a realidade é o que é, porque é, independente de qualquer interpretação humana. A realidade é dura, concreta, absoluta, onde não há qualquer tipo de relação. É o chamado “mundo-em-si”.
Em contrapartida, o relativismo afirma que não existe uma única realidade – pronta, acabada. Diferentemente do realismo, o relativismo defende a existência de múltiplas realidades, que dependem sim das relações estabelecidas com o homem, com sua percepção dela e que o sentido dessas realidades está intimamente ligado ao contexto social, histórico, temporal e espacial no qual esse homem se encontra.
O realismo supõe um mundo em que a existência do homem é irrelevante, já que a realidade, tal qual ela é, sempre existiu e continuará existindo, mesmo se a raça humana deixasse de existir ou se nunca tivesse existido.
Na teoria relativista, entretanto, o homem tem um papel fundamental no mundo, pois é justamente o homem quem constrói as pontes desse relacionamento.
Difícil não estabelecer uma relação íntima entre realidade e verdade e é o modo como o homem percebe a realidade (ou as diversas realidades) é o que provoca tantos questionamentos. É importante lembrar que tanto a teoria realista quanto a relativista têm seus prós e contras.
O realismo dá ao homem a impressão de que ele está seguro, num mundo pronto; que sempre foi é e vai continuar sendo; um mundo que lhe foi dado. Um mundo onde tudo funciona, porque tudo já foi previamente estabelecido e continuará assim.
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