O que é política?
Autor: Vinícius Andrade Souza
A fundamentação da teoria política na visão de Hannah Arendt tem como ponto de partida a análise do papel essencial que os homens livres exercem enquanto pluralidade, no âmbito espaço público. Os homens em sua diversidade e igualdade relativa é que interessam quando se trata de política e da coisa política, dentro desse aspecto, retomando o raciocínio do parágrafo anterior, a liberdade e a espontaneidade dos diferentes homens são os pressupostos da política. A filosofia tradicional coloca o homem, no sentido de individualidade, como sendo o centro do interesse da política, Arendt tenta recuperar o ideal clássico da política para qual o Estado não pode sobrepor-se aos indivíduos (sociedade), pois se assim o fizesse estaria adentrando na seara totalitarista. Nesse diapasão Marco Aurélio Nogueira, dentro do que ele denomina como a “política dos cidadãos”, desenha muito bem o sentido de pluralidade humana, a partir de onde pude absorver como sendo o grupo, o partido, o movimento, a massa e não o “príncipe” como ente político soberano e único. A ação é a condição humana da pluralidade, para Hannah Arendt “a ação é a própria política”, deve ser entendida como sendo as condições básicas para uma vida de envolvimento no mundo político no tocante à prática política, possui tamanha importância que é tida como uma das funções mais nobres que o homem exerce. Logo se conclui que a pluralidade pressupõe que a ação política não pode ser exercida por um indivíduo de forma isolada, mas por um todo.
A partir dessa visão de política, predominaria a vontade coletiva ou a possibilidade de concretização dessa vontade coletiva, prevalecendo não só essa vontade coletiva, mas a participação ativa dos cidadãos nas discussões políticas. Outro elemento essencial da política é a liberdade, cujo conceito demostra-se um tanto complexo, em razão das diferenças existentes entre o antes e o hoje, ou seja, tal conceito