O que é isso que hoje chamamos de ciência e tecnologia? (Renato Dagnino)

1. INTRODUÇÃO

Para responder a pergunta título do texto o autor utiliza-se de argumentações que se desenvolvem sobre pontos diferentes. O primeiro argumento embasado em fatos históricos tem como foco o surgimento e desenvolvimento do sistema capitalista, incluindo o sistema de produção e o modo de organização do trabalho. O segundo fundamenta o argumento em uma formulação do conceito de tecnociência, no qual em particular mostra o conhecimento produzido através do capitalismo.

2. JUSTIFICATIVA

O tema discutido no texto é a insatisfação com relação à definição dos termos da ciência e da tecnologia.
O autor relata que desde quando cursava sua graduação em Engenharia algo o incomodava, a definição imposta aos estudantes do termo tecnologia como sendo aplicação da ciência com a finalidade de beneficiar a sociedade.
Os argumentos utilizados pelos professores para justificar esta definição era de que o homem está em constante desenvolvimento e avanço desde que este se encontrou com a natureza e decorrente deste encontro passou a produzir a ciência buscando a verdade em fatos decorrentes da natureza. E a ciência sendo verdadeira traz a tecnologia como sua aplicação na qual busca de forma eficiente servir à sociedade, pois o homem naturalmente buscava a melhoria dos processos para diminuir o tempo de trabalho investido para a produção de um determinado produto, com o intuito de aproveitar este tempo livre para envolver-se em outros assuntos de seu interesse, inclusive podendo até mesmo ser aproveitado para envolver-se com outros processos de trabalho. Os professores também argumentavam que a sociedade pode vir a utilizar a tecnologia para o “mal” quando esta é utilizada sem “Ética” e sem “Humanidade” e que a ciência deveria ser guiada pelo método, a tecnologia pela eficiência e a sociedade pela ética, e finalmente concluíam dizendo que o impacto da ciência e da tecnologia era inevitável perante a sociedade.
Porém toda essa descrição para o autor não passava