O que sabemos sobre o saber?

O que sabemos sobre o saber?

O que entendemos por sabedoria? Como podemos saber quão mais sábios que os outros somos? Como podemos definir a quantidade de sabedoria que as pessoas que estão ao nosso entorno possuem? Qual grau de relevância pode definir os valores da sabedoria de cada um? Estas são algumas indagações que Sócrates nos apresenta em relação à sabedoria humana, e ainda nos apresenta que a verdadeira sabedoria é reconhecer que qualquer que seja o nível de sabedoria que alcancemos, ainda será sempre pouco diante de todo o conhecimento.
Diante de tais fatos, Sócrates reconheceu que para o homem chegar a um alto nível de sabedoria primeiramente deverá reconhecer sua ignorância, só desta forma conseguirá distinguir todo conhecimento, como ele mesmo pregou a seus seguidores e nos apresentou em sua apologia, desta forma:
“Que quer o deus dizer e que significados escondem as suas palavras? De facto, tenho bem consciência de que não sou sábio, nem muito nem pouco. Que quer, então, o deus dizer quando afirma que sou o mais sábio?”. (APOLOGIA DE SÓCRATES, pág. 37)
No entanto ao saber que seu amigo de infância Ceréfone perguntou ao oráculo em Delfos, sobre qual seria o homem mais sábio mundo? Sendo respondido que seria ele, Sócrates, logo passou a refletir sobre o que levou o oráculo a tal afirmação, chegando a conclusão que para esclarecer a questão deveria prosseguir a indagar todos aqueles que eram considerados sábios, com o intuito de verificar qual seria seu nível de sabedoria, mas começou a se decepcionar com o que encontrava, pois todos aqueles que eram considerados sábios não possuíam a sabedoria que achavam possuir e o pior não reconheciam a sua ignorância, com isso Sócrates afirma: “Afinal, sou mais sábio do que este homem. É possível que nem eu nem ele saibamos algo de belo ou de bom. Mas ele julga saber alguma coisa, quando não sabe nada; ao passo que eu, se não sei nada, também não creio que o saiba”. (APOLOGIA DE SÓCRATES, pág. 38)
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