O que mudou na cultura do quilombo do campinho da independência depois da construção da rodovia rio-santos
Não há nenhum documento histórico contando sobre suas gerações anteriores, tudo que se sabe dessa comunidade é por meio de memória coletiva. A história oral passa de pai para filho atravessando gerações.
Os mais velhos são chamados de Griô pela sua comunidade. Um representante respeitado da comunidade é o Seu Francisco a dona Magnólia.
A Comunidade surgiu no final do século XIX, quando foi doado a três mulheres ex escravas, as irmãs Antonica, Marcelina e a prima Luiza pelos seus patrões por que a decadência econômica que aconteceu na região de Paraty em finais daquele século, provocada pela alteração da rota comercial entre o porto paratyense e as Minas Gerais, e pelo crescimento do Vale do Paraíba, fez com que os antigos senhores abandonassem gradativamente suas terras agrícolas.
Contam-se que Antonica, Marcelina e Luiza não eram escravas comuns, elas tinham cultura, bens e frequentavam a casa grande.
As terras do Campinho se tornaram um refúgio dos negros que eram libertados, ou que mesmo depois da abolição, não queriam continuar trabalhando para os brancos. Formaram uma comunidade completamente isolada da civilização e que, até hoje evitam relacionamentos com "gente de fora " , por tanto, além de todos serem descendentes de Antonica, Marcelina e Luiza, todos tem algum laço de parentesco.
A maioria da população são mulheres, de repente por que era mais difícil dos homens serem libertos do que as mulheres, por conta disso todo trabalho da roça como o plantio de arroz, feijão, milho, aipim, cana de açucar, manga, graviola, laranja e banana, os artesanatos e a produção de farinha ainda hoje é feito pelas mulheres.
Os homens iam vender os seus produtos na cidade, andavam a pé durante 4 horas, até chegar ao centro da cidade, e quando chegavam lá não conseguiam vender os seus produtos pelo valor desejado, a banana era